quarta-feira, 22 de julho de 2009

Gato Preto vs Pé de Coelho!



Não espero nem peço que se dê crédito à história sumamente extraordinária e, no entanto, bastante doméstica que vou narrar. Louco seria eu se esperasse tal coisa, tratando-se de um caso que os meus próprios sentidos se negam a aceitar. Não obstante, não estou louco e, com toda a certeza, não sonho. Mas amanhã morro e, por isso, gostaria, hoje, de aliviar o meu espírito. Meu propósito imediato é apresentar ao mundo, clara e sucintamente, mas sem comentários, uma série de simples acontecimentos domésticos. Devido a suas conseqüências, tais acontecimentos me aterrorizaram, torturaram e destruíram.

O texto acima, obviamente não é meu, é do estupidamente macabro Edgar Alan Poe, poeta americano nascido em Boston. Mas sere pra iniciar bem esse texto que trata bem... leiam e percebam por si mesmo.

E ai que é o seguinte: meu notebook queimou, meu carro quebrou, meu cadarço rasgou, meu videogame queimou e ainda por cima quebrei meu dedo indicador direito ao levantar um móvel da sala (don’t ask how), o que torna o ato de digitação incrivelmente doloroso!

A zica me acompanha meus senhores! Devo ter cruzado por todos os gatos pretos do mundo em todas as sextas-feiras da minha vida pra justificar tal coisa.

Mas não, não foi só isso! Oh não, tem mais! Sábado passado, devido a um excesso de ingestão daquela água que passarinho não bebe, que tubarão não nada, que queima e desce quente e tem nome de aguardente; eu fui para em um pronto-socorro mequetrefe de uma cidade chamada Matão quase entrando em coma-alcoólico. Ainda tive que ouvir no dia seguinte sermão do médico.

Diante de tal série de fatos inimagináveis, tomei uma decisão importante: decidi ir me benzer. A última vez que me benzi tinha cinco anos de idade e tinha ido numa viagem com meus pais à Venezuela (fazer o que eu não sei). Pesquisei por benzedeiras, nessa cidade que resido para fins educacionais, capaz de reverter esse processo de mundinga que me acompanha nessa última semana. Não tem sido fácil.

Benzedeira é uma espécie em extinção no século XXI, hoje em dia se vive a era da ciência e não há nada menos científico que uma benzedeira. Mas tenho certeza que nem o maior dos cientistas, o mais cético dos humanos explicará como pode uma sucessão de fatos como a descrita acima acontecer a uma pessoa num período inferior a dez dias!

(Dirão que se trata de coincidência! Mas não se deixem enganar! Cientistas recorrem às coincidências quando não conseguem explicar o inexplicável!).

Então para evitar que mais fatos venham de encontro a minha pessoa, como contrair da gripe suína, por exemplo, simplesmente não sairei de casa a não ser que seja extremamente necessário. Comprei três cartelas de dramins, quatro pacotes de paçoca, doze garrafas de Cotuba e mandei meu notebook pro conserto via mototaxi.

Aluguei também vários filmes, de modo que tenho preenchido minhas horas estudando para esses malditos e infinitos concursos públicos e vendo filmes. Bem mais a segunda opção que a primeira. Enfim, assisti a “Maiores de 18”, “Cloverfield”, “Encontro Marcado”, “O Gangster” e “Awake” entre ontem e hoje. Virarei um cinéfilo. "Reviews de ver" deles logo mais...

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